O São Paulo até que fez um primeiro tempo honesto. Aproveitou-se do erro de Rodrigo Caio para fazer 1 a 0 na sequência, em cobrança de escanteio. Parecia que iria gerar mais um desgosto ao Flamengo, depois de tantos na temporada passada. Tudo estava bem até os 24min do segundo tempo.
Mas aí veio o choque de realidade. O Flamengo é um time, talvez o único no Brasil, que pode te ganhar um jogo de qualquer maneira. Na pressão, no jogo coletivo ou nas individualidades. O domingo foi o dia de Bruno Henrique, que, quase dois anos depois, voltou a marcar três na mesma partida.
Na verdade, ele fez quatro. Mas o primeiro foi corretamente invalidado pelo toque no braço. Vale lembrar este lance porque ele já mostrava como o Flamengo não havia sentido o gol e reagiu, indo para cima. O trabalho de Renato é muito recente, mas é possível notar, sim, um traço daquele Flamengo de Jorge Jesus: o instinto assassino. Um time que atua durante alguns momentos como um rolo compressor, sem dar chances aos adversários. Parece que o gol do São Paulo ligou o Flamengo na tomada.